A cada manhã de minha existência espero que os raios do sol me tragam novas esperanças, novas alegrias, sobretudo me tragam o fim das desigualdades sociais, menos violências, menos dores, menos sofrimentos e dissabores.
A cada nascer do sol eu veja e sinta as pessoas equilibradas e fortalecidas, que os sonhos estejam presentes no dia-a-dia e cada etapa esteja sendo realizada de forma desejada.
A cada manhã eu possa acalentar o desejo forte de prosseguir nesta jornada, tendo consciência que a letra é morta, mas a palavra é vida e continua produzindo efeitos que nos surpreendem.
A cada manhã eu tenho de questionar: Aonde quero, aonde vou chegar, onde quero ir e reolhando ao redor, não vimos, não chegamos e nem sequer saímos de onde estávamos.
Na verdade, cada manhã, além da esperança, eu respondo meus questionamentos, pois embaçando e trapaceando descobrimos a resposta neste caminho que sigo e busco ao mesmo tempo em que vou encontrando os sinais deste percurso.
É verdade também que a cada manhã eu tenho dentro de mim a certeza dos indicativos de esperança que me fazem andar em segurança.
A cada manhã cabe a mim o dever de saber discernir com sabedoria emocionalmente segura e cada passo seguir.
A cada manhã tenho que caminhar, saber decidir, saber o que devo buscar, o que preciso fazer, o que tenho de conhecer para me defender. Graças ao Criador, cada manhã Ele me ensina a viver.
A cada manhã sei que o mundo vai ficando menor, pois o meu horário já entardece, fazendo meus passos mais lentos e frágeis no caminho que vai finalizando minha jornada.
Maria Loussa