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Mostrando postagens de agosto, 2008

O SORRISO DA DOR

Havia algo de misterioso no sorriso daquele homem, trajando roupas coloridas e sapatos engraçados. O homem pulava de um lado para outro, tal qual macaco de galho em galho, ocupando seu espaço no Largo da Carioca. As pessoas à minha volta, principalmente os pequeninos, riam histéricamente, da cena em que o pobre homem, fingia uma alegria que não sentia. Por detrás de tanta pintura, no rosto enrugado pelo tempo, no íntimo do ser humano, que todos somos, percebia-se um lamento de dor alucinante, o qual, somente os mais sensíveis, detectavam. Havia no chão, a minha frente, um chapéu preto surrado, igual a cartola de mágico, com uma enorme flor amarela amassada, onde percebi que, as pessoas colocavam moedas e notas pequenas. O garoto que cuidava do chapéu, deveria ter uns oito anos, mais ou menos, era magro que dava dó, muito pálido e, tinha os grandes olhos azuis, marejados por um lamento de dor. Pensei então, comigo mesmo: -Porque esse menino está chorando, se está com o chapéu quase

Paradoxo do Tempo

O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos. Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento;mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde. Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos. Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. - Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas nã